terça-feira, 8 de setembro de 2015

Calvino e Lutero resumo


(Imagem Lutero e Calvino)




João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509  Genebra, 27 de maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome Calvinismo, embora o próprio Calvino tivesse repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.

Nascido na Picardia, ao norte da França, foi batizado com o nome de Jean Cauvin. A tradução do apelido de família "Cauvin" para olatim Calvinus deu a origem ao nome "Calvin", pelo qual se tornou conhecido.
Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido por muitos como "padre". Vítima das perseguições aos protestantes na França, fugiu para Genebra em 1536, onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se definitivamente num centro do protestantismo Europeu e João Calvino permanece até hoje uma figura central da história da cidade e da Suíça .

Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517, quando Calvino tinha oito anos de idade. Para muitos, Calvino terá sido para a língua francesa aquilo que Lutero foi para a língua alemã - uma figura quase paternal. Lutero era dotado de uma retórica mais direta, por vezes grosseira, enquanto que Calvino tinha um estilo de pensamento mais refinado e geométrico, quase de filigrana. Citando Bernard Cottret, biógrafo (francês) de Calvino: "Quando se observa estes dois homens podia-se dizer que cada um deles se insere já num imaginário nacional: Lutero o defensor das liberdades germânicas, o qual se dirige com palavras arrojadas aos senhores feudais da nação alemã; Calvino, o filósofo pré- cartesiano, precursor da língua francesa, de uma severidade clássica, que se identifica pela clareza do estilo".

A discordância com Lutero

Martinho Lutero (retrato Lucas Cranach o Velho - 1529).
No movimento reformista, Lutero não concordou com o "estilo" de reforma de João Calvino. Martinho Lutero queria reformar a Igreja Católica,18 enquanto João Calvino acreditava que a Igreja estava tão degenerada que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idêntica à Igreja Primitiva. Já Lutero decidiu reformá-la, mas afastou-se desse objetivo, fundando, então, o Protestantismo, que não seguia tradições, mas apenas a doutrina registrada na Bíblia, e cujos usos e costumes não ficariam presos a convenções ou épocas. A doutrina luterana está explicitada no "Livro de Concórdia", e não muda, embora os costumes e formas variem de acordo com a localidade e a época.

Martinho Lutero, em alemão Martin Luther, (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi umsacerdote católico agostiniano e professor de teologia germânico que foi figura central da Reforma Protestante. Que ficando contra os conceitos da Igreja Católica veementemente contestando a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou o vendedor de indulgências Johann Tetzel com suas 95 Teses em 1517. Sua recusa em retirar seus escritos a pedido do Papa Leão X em 1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521 resultou em sua excomunhão pelo Papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Antigo.
Lutero ensinava que a salvação não se consegue com boas ações, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça, através da fé em Jesus como único redentor do pecador. Sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divinamente revelada1 e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um sacerdócio santo.2 Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de Lutero eram chamadosluteranos.
Sua tradução da Bíblia para o alemão, que não o latim fez o livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e na cultura alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, adicionando vários princípios à arte de traduzir3, e influenciou a tradução para o inglês da Bíblia do Rei James.4 Seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em igrejas.5 Seu casamento com Catarina von Bora estabeleceu um modelo para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimônio de padres protestantes.6
Em seus últimos anos, Lutero tornou-se algo antissemita, chegando a escrever que as casas judaicas deveriam ser destruídas, e suas sinagogas queimadas, dinheiro confiscado e liberdade cerceada. Essas afirmações fizeram de Lutero uma figura controversa entre muitos historiadores e estudiosos. Há relatos de que momentos antes de sua morte Lutero estava com um rosário em sua mão.7

Em que acreditam os Luteranos 

Ficheiro:Lutherrose.svg

Muita gente não conhece a história e a fé da Igreja Luterana, a primeira igreja protestante da Reforma, que recebeu esse nome como “provocação” dos católicos, não por devoção a Lutero (o que não acontece, de maneira nenhuma, na Igreja Luterana), como alguns acusam de acontecer.
A História falaremos aos poucos aqui pelo site, mas o que os luteranos acreditam, resumidamente, você pode conferir abaixo.
O que Ensinam os Luteranos:

O que é a Bíblia?

-
 Os luteranos ensinam que a Bíblia é, em todos os seus termos, a Palavra de Deus;
- que conseqüentemente, todos os fatos nela relatados são absolutamente verdadeiros;
- que ela não contém erro; que ela interpreta-se a si mesma;
- que ela é a única verdade divina conhecida sobre a terra;
- que ela deveria ser diligentemente ouvida e estudada;
- que ela anuncia a salvação pela fé em Jesus Cristo.

Veja: 2 Pe 1.21; 1 Co 2.13; Jo 5.39; Lc 11.28.

Quem é Deus?

Os luteranos ensinam que Deus é triúno, isto é, um Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo;
- que estas três pessoas são iguais; que ignorar ou negar um, é rejeitar a todos;
- que ele é Criador, Redentor e Santificador.

Veja: Dt 6.4; Mt 28.19; Jo 5.23; 1 Jo 2.23; Gn 1.1; Jó 12.13; Jo 1.3; Rm 15.13.

Quem é o Homem?

- Os luteranos ensinam que o homem não é produto de uma pretensa evolução, mas que foi feito por Deus por meio de um ato direto de criação;
- que lhe foi dada uma lama imortal, dotada de perfeita santidade e criada para a vida eterna;
- que, entretanto, ele pecou, rompeu a comunhão amorosa com Deus e tornou-se totalmente depravado e sujeito a morte;
- que, em seu estado natural, ele não pode, por qualquer poder ou força de sua parte, restabelecer as corretas relações com Deus.

Veja: Gn 2.7; Gn 3; Sl 14.3; Rm 5.12; Rm 3.23; Is 64.6; Sl 143,2; 1 Co 2.14

Qual é a função da Lei?

- Os luteranos ensinam que a Lei de Deus exige corações, pensamentos, palavras e ações perfeitos;
- que ela condena inteiramente a todos aqueles que a transgridem;
- que ela não pode salvar os pecadores;
- que a sua função principal desde a queda em pecado é a de levar o homem ao conhecimento de sua depravada condição e mostrar que todo homem necessita da ajuda de Deus.

Veja: Mt 5.48; Lv 19.2; Dt 27.26; Rm 3.20.

O que é o Pecado?

- Os luteranos ensinam que cada pensamento, palavra e ato cometido contrário à lei de Deus é pecado;
- que cada ser humano é pecador por nascimento
- que todo o mal no mundo é conseqüência do pecado do homem;
- que o pecado leva a condenação e ao inferno;

Veja: 1 Jo 3.4; Jo 3.6; Rm 5.12; Sl 5.4; Sl 51.5.

O que é o Evangelho?

- Os luteranos ensinam que o evangelho não é uma lei nova ou superior, mas é a revelação especial daquilo que um Deus amoroso e misericordioso fez, e continua fazendo, através de Jesus Cristo para a salvação da humanidade;
- que ele gratuitamente oferece a todos os pecadores a justiça que está em Cristo Jesus;
- que salvará eternamente aqueles que, com fé, aceitaram as suas promessas.

Veja: Ez 33.11; 1 Tm 2.4; Lc 4.18-19; Jo 3.16; Rm 3.21-24; Rm 1.16.

Quem é Jesus Cristo?

- Os luteranos ensinam que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que é igual ao Pai em todos os sentidos;
- que ele é também o filho da virgem Maria e que foi feito homem a fim de que pudesse salvar o mundo;
- que ele satisfez as exigências da Lei divina em lugar de todos os homens, cumprindo os mandamentos de Deus em nosso lugar;
- que ele arcou com a punição dos nossos pecados sofrendo e morrendo em nosso lugar na cruz;
- que ele ressuscitou corporalmente dentre os mortos e hoje vive;
- que ele é o único caminho que nos conduz aos céus;
- que ele virá visivelmente pela segunda e última vez no fim do mundo para julgar os vivos e os mortos.

Veja: Jo 5.20,23; Jo 10.30; Jo 14.9; Mt 1.18-25; 1 Pe 2.22; Gl 4.4-5; Gl 3.13; 1 Pe 2.24; 1 Jo 2.1-2;
Rm 4.25; Jo 14.19; At 1.11; At 10.42.

Como somos reconciliados com Deus?

- Os luteranos ensinam que tudo quanto era necessário para que houvesse reconciliação do mundo com Deus foi feito quando Jesus Cristo deu a vida sobre a cruz;
- que Deus, por causa de Jesus Cristo, declarou a humanidade livre da dívida e da culpa do pecado, declarou-a justa;
- que essa justificação (salvação) de toda a humanidade torna-se propriedade individual através da aceitação pessoal da mesma;
- que todos que assim, pela fé, aplicaram para si mesmos a graciosa declaração divina de reconciliação, são justificados diante de Deus – não por qualquer mérito ou dignidade, mas somente pelo amor imerecido que Cristo nós dá através da fé.

Veja: 2 Co 5.19; Rm 5.18-19; At 10.43; Rm 3.22-24,28; Ef 2.8-9.

O que é o arrependimento?

- Os luteranos ensinam que o arrependimento, no sentido bíblico do termo, é o reconhecimento do pecado e o sincero lamentar por causa dele – juntamente com o confiante pedido de perdão a Deus, em nome de Cristo;
- que ele é uma condição do coração sem o qual homem algum pode ter a esperança de ser Salvo;
- que a todo pecador verdadeiramente arrependido é assegurado o perdão gratuito e completo de Deus.

Veja: Is 55.6-7; Mt 4.17; Mc 1.15; Lc 10.13-14; At 2.38; 2 Co 7.10.

O que é a fé?

- Os luteranos ensinam que a fé é a aceitação de Jesus Cristo, por parte do pecador arrependido, como seu real e único Salvador, e a completa confiança na obra de Cristo para o perdão dos pecados e a Salvação;
- que a fé não é apensa um conhecimento intelectual da história de Jesus Cristo, mas crer, confiar e receber o que é oferecido nesta história, ou seja, o perdão dos pecados e a vida eterna;
- que aquele que permanece nesta fé até o fim será real, plena e eternamente salvo;
- que sem ela, a Salvação é impossível.

Veja: Jo 1.12,16; At 10.43; Rm 10.17; Hb 11.1; 1 Co 12.3; 1 Pe 1.5; At 16.31; Mt 24.13; Jo 3.36.

O que é a conversão?

- Os luteranos ensinam que a conversão não é uma mera mudança de hábitos, mas uma mudança do coração – um “nascimento espiritual” do homem;
- que ela é realizada pelo poder de Deus Espírito Santo por meio da Palavra e do Batismo;
- Em síntese, uma pessoa só é realmente convertida, quando crê que Deus lhe perdoou graciosamente os seus pecados por amor de Cristo. A pessoa convertida é pessoa que realmente crê no Cristo humano-divino e único Salvador de pecador (Müller, John Teodore, Dogmática Cristã, p. 326).

Veja: Jl 2.13; Ez 11.19; Jr 31.18; Jo 1.12-13; 1 Jo 5.1; Is 55.3; Hb 4.12; 1 Pe 2.25.

O que é a Santificação?

- Os luteranos ensinam que a santificação é a vida que o cristão levará após a conversão; este viver produzirá bons frutos como conseqüência da fé em Jesus Cristo;
- que todos os cristãos autênticos produzem boas obras em gratidão e louvor pelo perdão recebido de Deus;
- que, embora a santificação seja um processo gradual, nós só alcançaremos a perfeição na eternidade.

Veja: Jo 3.3; 2 Co 7.1; Gl 5.6,25; 1 Ts 4.3; Ef 2.10; 1 Pe 1.15; Rm 7.15-25; Fp 3.12-14.

O que é a igreja? Por quem ela é formada?

- Os luteranos ensinam que há uma IGREJA invisível, que consiste de todos aqueles que em seus corações, verdadeira e sinceramente, aceita Jesus Cristo como seu Salvador;
- que esta Igreja é única;
- que Jesus Cristo é seu único cabeça e Senhor;
- que todos os seus membros possuem direitos iguais;
- que ela pode ser encontrada onde quer que o Evangelho de Cristo seja conhecido, e que durará para sempre.
- Os luteranos ensinam também que há uma Igreja Cristã visível, que se compões de todos aqueles que professam a fé cristã e se reúnem em torno da Palavra de Deus. Triste, porém, é que, por causa da inerente inclinação do homem ao mal, sempre há, na igreja como um todo, os hipócritas, os defensores de falsas doutrinas e de práticas não-cristãs. Diante disso, é dever de todo cristão sincero buscar e unir-se com aquela parte da igreja visível que retém o puro evangelho e a correta prática. Deve ser evitada a comunhão religiosa com todos aqueles que se afastam da Palavra de Deus.

Veja: Jo 18.36; Lc 17.20-21; Jo 9.31-32; Is 55.10-11; Mt 16.18; 13.47-48; 22.2-14; 15.9; 1 Co 12.13; Ef 1.22-23; 2.19-22; Rm 16.17; 2 Ts 3.6,14; 2 Co 6.14-18.

O que é o Batismo? Quem precisa dele?

- Os luteranos ensinam que o batismo é um ato ordenado por Deus que nos lava de todos os pecados;
- que ele se destina a adultos e crianças, sem exceção, e que pode ser ministrado lavando, regando, aspergindo com água ou submergido na água;
- que por meio dele, a todos que na fé receberam esse sacramento, é dada a graça de Deus, , o perdão dos pecados e a promessa da vida eterna;
- que o batismo deve ser realizado sempre em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Veja: Mt 28.29; Tt 3.5; Mc 10.14; At 16.15; Hb 10.22; At 22.16; 2.38; Mc 16.16.

O que é a Santa Ceia? O que ela oferece?

Os luteranos ensinam que o corpo e sangue de Jesus Cristo estão verdadeiramente presentes no sacramento da Santa Ceia, juntamente com o pão e o vinho;
- que a Santa Ceia não é um ato simbólico, mas um meio pela qual Jesus oferece perdão dos pecados e fortalecimento da fé;
- que o corpo e sangue de Cristo são recebidos pelos cristãos para perdão dos pecados, fortalecimento da sua fé e crescimento na piedade;
- que aqueles que participam da Ceia sem se arrepender dos seus pecados e sem fé em Jesus Cristo não recebem as bênçãos divinas prometidas por Deus e pecam contra o corpo e sangue de Cristo.

Veja: Mt 26.26-28; 1 Co 10.16; 11.26-29; Mt 7.6.

O que é a oração a Deus?

- Os luteranos ensinam que a oração é uma comunhão dos cristãos com Deus;
- que, embora não seja um ato pelo qual se obtenha méritos ou recompensas, ela é divinamente ordenada;
- que deveria ser regularmente praticada por todo cristão para proveito próprio e para beneficio de outros;
- que, se feita com fé, conforme a vontade de Deus, tem clara e segura promessa de graciosa aceitação e resposta divina.

Veja: Sl 19.14; Mt 7.7-8; Sl 50.15; 1 Tm 2.1-2,8; 1 Jo 5.14; Is 65.24; Mt 21.22.

Diabo e inferno existem?

- Os luteranos ensinam que há um grande número de espíritos (chamados de ‘demônios’ na Bíblia), dotados de poder, que são inimigos implacáveis de Deus e de sua igreja; que estes foram lançados no inferno;
- que no dia do julgamento final todos os homens que morreram sem fé em Cristo serão destinados ao mesmo inferno de tormento e condenação eternos;
- que ao permanecermos com Cristo Jesus, estamos protegidos das ações e do poder desses espíritos.

Veja: Ef 6.12; 1 Pe 5.8-9; Jd 6; Mt 25.41; Is 66.24.

Qual é a conseqüência da Morte?

- Os luteranos ensinam que após a morte física, o ser humano será ressuscitado no dia do juízo final e lá viverá novamente;
- que todas as pessoas serão julgadas por Jesus Cristo;
- que a todos os crentes em Cristo, será dada a vida eterna no céu, enquanto os descrentes serão lançados à condenação eterna.

Veja: Jo 5.28-29; Mt 25.31,46.

Questões Especiais

Temos o direito de tirar a própria vida?

- Os luteranos ensinam que a vida é um presente dado por Deus, e que tentar tirá-la é um pecado gravíssimo contra o quinto mandamento;
- que a causa de muitos suicídios tem origem espirituais e psicológicas;
- que pessoas que apresentem características, tendências suicidas precisam ser levadas a compreenderem o valor da vida e a buscar ajuda profissional;
- que precisamos estar atentos aos sofrimentos e angústias dos amigos, colegas e familiares, pois com a ajuda de Deus, somos capazes de evitar que estes decidam acabar com as suas próprias vidas;
- que o amor de Deus, demonstrado em seu filho Jesus, revela o quanto Deus ama a cada um de nós.

Veja: Dt 30.19b-20; Jr 31.3; Sl 23.4; Mt 11.28; Sl 119.105.

Deus aceita o divórcio?

- Os luteranos ensinam que o vínculo matrimonial deve ser preservado inviolável;
- que, diante de Deus, divórcio algum é válido, a não ser em casos de adultério ou conduta maliciosa;
- que a atual tendência em se menosprezar o matrimônio só poderá resultar em danos incalculáveis ao lar, aos filhos, à igreja, ao Estado, enfim, a toda estrutura da sociedade humana;
- que Deus jamais incentiva o divórcio, mas que o permitiu pela dureza do nosso coração;
- que Deus sempre nos dá uma nova oportunidade de recomeçarmos a nossa vida, e isso também vale aos divorciados.

Veja: Gn 2.24; Mt 19.8; 1 Co 7.15.

O que é um credo?

- Os luteranos ensinam que um credo, como a palavra mesmo diz e significa (credo=eu creio), é simplesmente uma afirmação daquilo que se crê;
- que todo cristão professo tem um credo, quer ele admita ou não;
- que um credo verdadeiro não é um complemento à Bíblia, mas somente uma ênfase necessária de verdade contra aqueles que usam erroneamente a Bíblia para a defesa dos seus falsos ensinos;
- que em diferentes momentos históricos, da Igreja de Cristo, as verdades bíblicas foram reafirmadas na elaboração dos credos Apostólico, Niceno e Atanasiano;
- que sem um credo a igreja está sujeita a ser trajada por um dilúvio de erros.

Veja: 1 Pe 3.15; Mt 10.32.
Podemos conciliar as verdades bíblicas e os ensinos da ciência?

Os luteranos ensinam que, visto o Deus, que se revelou na grandeza e complexidade do universo que criou, ser o mesmo Deus que se revelou como um Deus de misericórdia e amor na obra redentora de Cristo, o Salvador, é certo que não pode haver conflito entre a verdadeira ciência e as verdades da Bíblia;
- que teorias evolucionistas e filosóficas que negam o lugar de Deus no universo, ou que tentam negar a sua revelação salvadora e santificadora são rejeitadas;
- que a ciência pode ser, e tem sido, uma forma de manifestação das grandes bênçãos de Deus sobre a humanidade.

Veja: Sl 8; 19.1;24.1-2; Hb 1.10; 11.3; Gn 1.28.

Quem é responsável pela educação religiosa?

- Os luteranos ensinam que a educação cristã na juventude não é função do Estado, mas do lar e da igreja;
- que cabe à igreja organizar escolas dominicais e planejar outras atividades que auxiliem os pais a educar os seus filhos na disciplina e ensinamentos do Senhor;
- que as atividades referentes à educação cristã e instrução de crianças e jovens é uma obrigação que os pais cristãos devem a si mesmos, aos seus filhos, à sua igreja e à pátria.

Veja: Mc 10.14; Jo 21.15; Ef 6.4.

Quem deve fazer e aplicar as leis de um país?

- Os luteranos ensinam que o princípio que estabelece a separação entre a Igreja e o estado está em harmonia com a espírito e a Bíblia;
- que, diante disso, a execução das leis civis compete ao Estado e não à igreja;
- que s Igreja endereça-se ao coração do homem e age através do convencimento, não por obrigação;
- que a interferência da Igreja no Estado e vive-versa só resultará em perseguições religiosas e na destruição de um governo livre.

Veja: Jo 18.36; Mt 22.21; Rm 13,1-7.

É possível sermos ecumênicos?

- Os luteranos ensinam que a divisão que reina no seio da igreja cristã visível é uma condição deplorável, mas que não são os defensores da verdade divina os responsáveis por ela, mas sim, os que defendem e professam falsas doutrinas;
- que não pode haver verdadeira união exterior onde não há união interior, na fé em Cristo Jesus;
- que a esperança de uma cristandade unida se tornará realidade somente quando todos os cristãos professos se unires na rejeição de todo erro e na aceitação de todas as doutrinas apresentadas na Palavra de Deus;
- que o respeito a outras religiões se torna necessário; que a verdadeira Igreja cristã buscará a sua unidade na obra salvadora de Jesus Cristo.

Veja: Rm 16.17; Ef 4.3-6.

Fonte:Kretzmann, Karl: What Lutherans Teach, Saint Louis, Concordia Publishing House, 1965. “O que Ensinam os Luteranos”, trad. Astomiro Romais. Cristo para todas as Nações, São Paulo-SP, 2007. www.cptn.org.br.

                                      Em que acreditam os Calvinistas
(Igreja Calvinista)
Segue abaixo o que crêem todos (ou quase todos) aqueles que se dizem reformados Calvinistas.

1. Em um Deus Trino. 

O presbiterianismo crê que há um Deus Trino que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Três pessoas distintas, mas um só Deus igualmente divino em eternidade e majestade, sem subordinação; A I.P.B. adota a doutrina da trindade e a apresenta aos seus fiéis como digna de fé.

2. Em Jesus Cristo, como sedo a 2ª pessoa da trindade. 

Divindade de Cristo: nós cremos que Jesus é o Deus encarnado (Jo 1.14), Alguns grupos que não aceitam Jesus como a 2ª pessoa da trindade: os mormonitas, os espíritas, os cristãos científicos, os maotanos, os budistas, os testemunhas de Jeová e outros. O presbiterianismo crê que Ele é o autor da salvação completa, perfeita, toda suficiente (só Jesus basta para a salvação) e eterna, para o homem decaído. Nasceu, morreu, ressuscitou, subiu ao céu, de onde vai voltar um dia para julgar.

3. Na Bíblia, a única regra de fé e prática, a palavra de Deus. Cremos que ela foi inspirada pelo Espírito Santo (II Pe. 1.20-21) e que podemos confiar nela como única regra de fé e prática. Cremos que outros livros a ela não se nivelam. Mas a I.P.B. não a entroniza em seus templos. Ela não é objeto de culto como Livro. Ela vale o que contém e o que contem, é essencial para conduzir o homem à salvação em Cristo Jesus.

4. No novo nascimento dos conversos. 

Cremos que no momento em que a pessoa crê em Jesus como único e suficiente salvador ela é nova criatura (criação). (II Co. 5.17) – tudo se transforma. Há uma mova imagem na vida da pessoa. Cristo e o novo Senhor e o novo morador da alma (Gl. 2.20).

5. Na ressurreição dos mortos. 

A fé na ressurreição dos mortos está em toda a Bíblia (I Co. 15.12-19). (“Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem (I Co. 15.20).

6. A sabedoria de Deus

Esta é a pedra fundamental da fé Presbiteriana. A doutrina que se dá o maior respeito. A doutrina da soberania divina mostra que Deus é o Senhor de tudo. Governa tudo. Tudo saiu das suas mãos criadoras. Tudo é de Deus. E Ele reina sobre tudo. Tudo está sob o seu controle. Nada o surpreende. Nada o limita, nada o detém, nada se lhe antecipa, tudo acontece na hora própria. Deus é soberano na criação, na providência e na salvação (At. 4.24; I Tm. 6.15; AP. 1.5).

7. A predestinação

É uma doutrina que decorre da anterior. São gêmeas. Como soberano e todo poderoso, Deus é Onisciente, Onipotente, Onipresente. Esses três atributos lhe permitem decretar e conhecer o que acontece. Para Deus não há presente, passado e nem futuro, mas tudo é um eterno presente. Esta é a doutrina que nos ensina que Deus nos escolheu para salvação antes da fundação do mundo e que Deus tem um povo eleito e só serão salvos os eleitos (expiação limitada) (Ef. 1.4,5,11; Rm. 8.29-30,33; MT. 24.22, 24, 31).

8. A Salvação pela graça

Cremos que a salvação é iniciativa de Deus, não do homem (Não são as obras dos homens quem os salvam. Eleição incondicional), mas são salvos para as boas obras (Ef. 2.8-10), salvação é dom imerecido – é dádiva de Deus (Rm. 6.23). Salvação não depende do homem, mas de Deus, porque é obra exclusiva de Deus. Ao homem compete aceitar, receber a salvação de Deus quando ouve o chamado pela palavra de Deus. Salvação inicia em Deus e termina em Deus. Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus (Ef. 1.6).

9. A perseverança dos Santos

Esta é uma doutrina muito cara ao presbiterianismo. Não é aceita por todos os grupos evangélicos. A base da doutrina está na convicção de que Deus não muda. A criatura por Ele salva, não pode, depois, ser condenada. Também está intimamente ligada à obra redentora de Cristo. Uma vez redimido o homem, ainda que continue a errar, está redimido para sempre. Quem diz que a redenção é definitiva é o Senhor Jesus (Jo 6.37, 10; 28-29)

10. O governo representativo

A IPB adota governo representativo, por entender que o governo representativo é de origem divina instituída por Deus, reinstalando na Igreja Cristã primitiva (At. 20.17-35, I Tm. 3.2-7) e redescoberto por João Calvino. O governo é exercido por Presbíteros (docentes e regentes) (Gm. 3.18; Nm. 11.16-17). Toda autoridade na IPB é conferida pela livre manifestação da vontade dos fiéis, mediante voto.

Rev. Oséas Barreto Velasco

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